POESIA INDISCIPLINADA
eLYRA, n. 17 (junho 2021)
Solicitamos às autoras e autores que, ao enviarem os manuscritos, respeitem de modo rigoroso as normas de publicação expostas neste site, na seção “Submissões”. O prazo para envio de trabalhos é 31 de março de 2021. Aceitamos artigos e resenhas de doutores, doutorandos e mestres.
Poesia indisciplinada
A composição poética não é única por reunir ordenadamente um ou mais traços que identificam o conjunto de poemas produzido pela(o) poeta, mas por, ao encontrar-se sempre em si mesma, escapar enigmaticamente aos limites de uma ou mais definições. No que diz respeito à variedade dos materiais e técnicas para fazer o poema, o número das possibilidades vem aumentando com a passagem do tempo e desafiando os limites disciplinares mais tradicionais.
No contexto da celebração dos 90 anos do poeta brasileiro Augusto de Campos, propomos organizar um volume dedicado à poesia luso-brasileira em estreito diálogo com outras disciplinas. Desde os anos 50 brasileiros e 60 portugueses que a poesia luso-brasileira tem, cada vez mais, desobedecido a um princípio exclusivamente logocêntrico.
Aberto a ensaios verbais, visuais ou audiovisuais que reflitam sobre a questão poética interdisciplinar a partir do uso de técnicas visuais, videográficas, sonoras, algorítmicas, inter e parasemióticas, este volume repensará os processos históricos e transmediais de uma poesia indisciplinada marcada por perturbações do círculo literário, ruídos, bits, palavras sintetizadoras, corpos performáticos, tonalidades imperceptíveis ou visualidades transatlânticas.
Organizadores do volume:
Patrícia Lino (University of California, Los Angeles)
Eduardo Jorge de Oliveira (University of Zurich, Switzerland)