Poéticas


Na realidade os maiores bens vêm-nos por intermédio da loucura, que é sem dúvida um dom divino. (PLATÃO, Fedro)
Pude, pois, concluir em pouco tempo, a respeito dos poetas, que não compunham as suas obras graças ao seu saber, mas a um dom natural, a uma inspiração divina semelhante à dos adivinhos e profetas. Efectivamente estes dizem muitas coisas belas, mas não percebem nada daquilo que dizem. (PLATÃO, Apologia de Sócrates)
A poesia é dada pelos deuses. O sono da razão produz monstros, lê-se numa célebre gravura de Goya. Mas a travessia do irracional pode ser condição necessária, diz Freud em Delírio e Sonhos na Gradiva de W. Jensen, para “o regresso à sã razão”. Se é que ela existe. O que haverá de comum, de comunicante, entre tão díspares enunciados? Acaso é possível conciliá-los? E que laços estabelece a poesia com a loucura, o delírio, os sonhos, o inebriamento.

 

Em flagrante delírio: sobre a poesia como produto de excelência
Pedro Lopes Almeida
2012

Parallel play: o jogo remete para a solidão
Paulo Brás
2012

“Shaven and fitted to a frame”: Poesia, loucura e diferença sexual
Marinela Freitas
2012

I am Sweeney. Like yourself, outcast, shifty. A figura de Mad Sweeney na poesia de Seamus Heaney, T. S. Eliot e John Montague
Tiago Sousa Garcia
2012

“existe algo que nós não sabemos”: poesia dissociativa em Heiner Müller e José Mário Branco
Miguel Ramalhete Gomes
2012

É nos loucos que grassam luarais: Manoel de Barros, Paulo Leminski & Cao Guimarães
Patrícia Lino
2012

Deambulações noturnas: memória, alucinação e sonho na produção literária de Al Berto
Carolina Galvão Marcello
2012

Mundo com Braços Amputados: Configurações do Iraque entre Alberto Pimenta e Bahman Ghobadi
Maria Inês Castro Silva
2012

Como se Desenha um Poema: sobre a “casa das palavras” de Manuel António Pina
João Paulo Sousa
2012